domingo, 30 de setembro de 2018
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Cantaremos
Provisoriamente não cantaremos o amor
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços
não cantaremos o ódio porque esse não existe
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos
o medo dos soldados, o medo das mães,
o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores,
o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte
flores amarelas e medrosas.
( Carlos Drummond de Andrade )
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços
não cantaremos o ódio porque esse não existe
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos
o medo dos soldados, o medo das mães,
o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores,
o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte
flores amarelas e medrosas.
( Carlos Drummond de Andrade )
sábado, 8 de setembro de 2018
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
FRAGILIDADE
Como uma borboleta frágil apanhada de imprevisto
na perpendicular do tempo assim me sinto
Borboleta instante de ser alado meu breve instante
de infinito lembras-me o tempo fraccionado, ou indiviso?
Danço e rodopio na luz, minha armadilha
e só me detenho se chega a exaustão sabendo
que ali é o fim do voo anseio ainda
minhas leves asas para me lançar na imensidão
.ANGELA SANTOS
sábado, 1 de setembro de 2018
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