Quando abro a porta corre para mim
como acorre a mulher aos braços do amante.
Pego-lhe ao colo e acaricio-o num gesto lento
vagarosamente, do alto da cabeça até ao fim da cauda.
Ele olha-me e sorri, com os bigodes eróticos, olhos semi-cerrados
Em êxtase, ronronando.
Repito a festa, vagarosamente, do alto da cabeça até ao fim da cauda.
Ele aperta as maxilas, cerra os olhos, abre as narinas
E rosna, rosna, deliquescente, abraça-me
E adormece.
Eu não tenho gato, mas se o tivesse quem lhe abriria a porta
Quando eu morresse?
António Gedeão
Um lindo gesto, o de abrir a porta ao gato que chega da noite.
ResponderEliminarBeijinho, Ana! Obrigada,pela visita!
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