quarta-feira, 29 de junho de 2016

Invento ao vento

Invento ao vento
 Vento frio como acorde de acordeon
 rasga a madrugada de silêncio, arrepiando desalinhadas memórias.

Vento com chuva percorre a rua
 derramando-se sinuosamente, ondulando cascatas de folhas,
 abstracto corpo dançando, que a noite vai devorando...

 Por quem lamenta este vento, inquieto visitante nocturno
 que na janela vem bater?
Vento na pele arrepia, agita sentimentos como folhas

 Então invento o momento, o calor, invento o prazer,
 a saudade, invento palavras, um poema, e todos os dias para te amar


 sonia schmorantz

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