Que as dores são inevitáveis, todo mundo sabe.
Tem fases em que o riso não sai
a fé fica pequenina - ou até mesmo nula
e a nossa força se esgota.
Cada um reage de um jeito nestas crises...
Alguns soltam as lágrimas para aliviar
outros em uma tentativa de se afogar.
Alguns buscam outras saídas, sejam elas fugas
ou um jeito mais leve de lidar com a vida.
Eu costumo mergulhar fundo na escuridão.
Tranco a porta, fecho a janela
e deito a cabeça no travesseiro
de uma forma que o ouvido fique tampado
para eu não escutar o barulho lá de fora
(e muito menos o daqui de dentro).
É aí que eu percebo que não tem jeito:
não consigo silenciar o que magoa o meu peito.
Afinal, após toda aquela tempestade escura
sei que o sol também sempre vai voltar
para me refazer e (de novo) me iluminar...
Beatriz Zanzini
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