Perdoa-me, folha seca, não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo, e até do amor me perdi
De que serviu tecer flores pelas areias do chão
se havia gente dormindo sobre o próprio coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão velando
e rogando aqueles que não se levantarão...
Tu és folha de outono voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade - a melhor parte de mim.
E vou por este caminho, certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento, menos que as folhas do chão...
Cecília Meireles
Foto -Irina Khutornaya
Deixo-te a minha saudade - a melhor parte de mim.
ResponderEliminarE vou por este caminho, certa de que tudo é vão.
Lindo poema!!Adorei ler.
Beijos.
Obrigada por gostar,e pela visita! Também gosto muito da poesia de Cecília Meireles ! Beijos também para si.
ResponderEliminarOlá, Maria Dilar!
ResponderEliminarCecília Meireles é citada também no cabeçalho de um dos meus blogues.
Ela é simplesmente uma das melhores!
Abraços!
PS Também falei de Outono em meu blogue, mas do meu jeito, em
A Era das Folhas Mortas. Gostaria que viesse ver, obrigado!
Obrigada Vitor pela visita! Gosto muito da poesia de Cecília Meireles Abraço ! Claro que vou visitar o seu blogue!
Eliminar