E de repente o resumo de tudo é uma chave
. A chave de uma porta que não abre
Para o interior desabitado no solo
Que inexiste, mas a chave existe.
Aperto-a duramente para ela sentir
Que estou sentindo sua força de chave.
O ferro emerge de fazenda submersa.
Que valem escrituras de transferência de domínio
E tenho nas mãos a chave-fazenda.....
E aperto, aperto-a, e de apertá-la, ela se entranha em mim
. Corre nas veias.
É dentro em nós que as coisas são, ferro em brasa
O ferro de uma chave.
;Carlos Drummond de Andrade
foto-Alastar Magnardo
Sem comentários:
Enviar um comentário