Vossos olhos, Senhora, que competem
Com o Sol em beleza e claridade,
Enchem os meus de tal suavidade,
Que em lágrimas de vê-los se derretem.
Meus sentidos prostrados se submetem
Assim cegos a tanta majestade;
E da triste prisão, da escuridão
Cheios de medo, por fugir remetem.
Porém se então me vedes por acerto
Esse áspero desprezo com que olhais
Me torna a animar a alma enfraquecida
Oh gentil cura! Oh estranho desconcerto!
Que dareis c' um favor que vós não dais,
Quando com um desprezo me dais vida?
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Afinal, este Poeta é fácil de entender...
ResponderEliminarÓptima partilha!
Bjs
É que é mesmo!!! Beijinho!
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