Só eu sinto bater-lhe o coração
Dorme a vida a meu lado, mas eu velo.
(Alguém há-de guardar este tesoiro!)
E, como dorme, afago-lhe o cabelo,
Que mesmo adormecido é fino e loiro.
Só eu sinto bater-lhe o coração,
Vejo que sonha, que sorri, que vive;
Só eu tenho por ela esta paixão
Como nunca hei-de ter e nunca tive.
E logo talvez já nem reconheça
Quem zelou esta flor do seu cansaço...
Mas que o dia amanheça
E cubra de poesia o seu regaço!
Miguel Torga, in 'Diário (1946)'
foto- Kristina Laki
A ternura que este Poeta, frequentemente, põe nas palavras, chega a ser comovente! Bom gosto e boa partilha! Beijicas
ResponderEliminar! Gosto muito de toda a poesia de Miguel Torga!Beijcas Grandes!! Gostei da visita....
ResponderEliminarOlá Maria!
ResponderEliminarSeu blog já está em Portugal Divisão com o número 351
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cordialmente
Chris