domingo, 15 de fevereiro de 2015

Quando o amor morre dentro de ti--


Quando o amor morrer dentro de ti,
 Caminha para o alto onde haja espaço, ~
Molda em duas colunas os teus braços.~
  Relembra a confusão dos pensamentos,~
  E neles ateia o fogo adormecido~
  Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
 Espalhou generoso aos quatro ventos.
 Aos que passarem dá-lhes o abrigo
 E o nocturno calor que se debruça
 Sobre as faces brilhantes de soluços.
 E se ninguém vier, ergue o sudário
 Que mil saudosas lágrimas velaram;
 Desfralda na tua alma o inventário
 Do templo onde a vida ora de bruços
 A Deus e aos sonhos que gelaram.

 Ruy Cinatti
Escultura /Sculptures and Art

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